Num evento ocorrido ontem, executivos da Microsoft mostraram como será o funcionamento da loja de aplicativos do Windows 8. Chamada de Windows Store, a ferramenta segue o novo mantra de mercado no qual a empresa dona da plataforma também viabiliza a entrada de aplicativos no dispositivo por meio de uma loja do tipo. É desse jeito que funciona com a Mac App Store e é assim que teremos uma loja também no Windows.

Windows Store chinesa

Seguindo a receita adotada pela Apple, a Microsoft disse que vai ficar com 30% do valor cheio do produto. Caso o faturamento chegue a US$ 25 mil, aí sim o percentual cai para 20%, oferta imperdível que os concorrentes da Maçã não oferecem. Também ficou bem claro que o dono do app poderá usar o sistema de pagamentos que bem quiser, não ficando obrigado a adotar aquele que a MS oferecer oficialmente.

Um dos trunfos da Microsoft nesse jogo são os aplicativos de demonstração gratuitos. O usuário poderá baixar determinado app em modo trial e testar alguns de seus recursos, ou a totalidade deles porém limtada a certo tempo. Depois disso será preciso pagar pela licença de uso do software.

Na demonstração da loja, o jogo “Cut The Rope” foi mostrado como exemplo de software desenvolvido com os poderes que o HTML5 e o JavaScript viabilizam. O jogo pode ser comprado depois de algumas partidas. E o melhor: o usuário não perde sua pontuação nem precisa fazer um novo download, dessa vez do software completo (isso me lembra que certa vez eu dei restore no meu iPod Touch e perdi a pontuação de um jogo; nunca mais me empenhei naquela saga gamística).

Já que emprega tecnologias presentes na web, é natural que ocorra integração da Windows Store com o navegador da Microsoft. A empresa promete adicionar botões ao Internet Explorer 10 para que o usuário acesse rapidamente os aplicativos comprados por meio da loja.

Compra in-app

A Windows Store estará disponível em todos os países em que o Windows ganha versão localizada. Nos 40 mercados mais importantes os preços serão na moeda local, o que dá um total de 20 moedas distintas com as quais a MS terá que lidar. Eu imagino que nos demais mercados o dólar americano irá prevalecer.

E quando veremos a loja da Microsoft em funcionamento? Fevereiro de 2012, quando sai um beta do Windows 8 (finalmente temos uma data!).

A propósito: está no ar um concurso para promover a Windows Store junto aos desenvolvedores. Quem submeter o aplicativo com visual Metro corre o risco de ganhar um notebook, um ano de assinatura do Windows Azure e dois anos de assinatura da Store.

Com informações: All Things D

Atualização — 07/12/2011 às 16h10

O Brasil está na lista de países especiais para  Microsoft e terá sim uma loja local com a venda de itens na moeda adotada por aqui. A informação foi revelada pelos amigos do site de tecnologia Gemind, que descobriram uma página oficial da MS detalhando o tratamento a ser dado aos duzentos e tantos mercados que a Windows Store pretende abraçar.

Os desenvolvedores brasileiros poderão se registrar na loja da Microsoft para oferecer software no sistema operacional, opção que não existe para todos os países. Será preciso pagar uma taxa para participar desse seleto clube.

E o português do Brasil está entre os idiomas “mínimos” que a Microsoft requisita para que um aplicativo esteja aprovado pelos avaliadores da loja. Isso quer dizer que se o dev decidir fazer seu app somente em português, poderá fazê-lo. Em outros idiomas menos favorecidos, o programador terá que liberar o software também num idioma “mínimo” (claro que o inglês será o mais utilizado para esse fim).

Hoje mais cedo eu estive na sede da Microsoft, em São Paulo. Um representante da empresa preferiu não comentar sobre a disponibilidade da Windows Store no país e disse que companhia vai se manifestar oficialmente (com algum comunicado) até o fim do dia.

Receba mais sobre Microsoft Store na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Thássius Veloso

Thássius Veloso

Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia e editor do Tecnoblog. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Também atua como comentarista da GloboNews, palestrante, mediador e apresentador de eventos. Tem passagem pela CBN e pelo TechTudo. Já apareceu no Jornal Nacional, da TV Globo, e publicou artigos na Galileu e no jornal O Globo. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se.

Relacionados