Microsoft apresenta games exclusivos para Xbox One; console será lançado no Brasil por R$ 2.199

Direto de Los Angeles, EUA – Na manhã de hoje (tarde, se você está no Brasil), a Microsoft fez sua conferência na E3. Foi a segunda do ano para falar do Xbox One, novo console da empresa. A primeira deixou dúvidas e causou uma onda de questionamentos sobre algumas funcionalidades, como a necessidade de ficar online para jogar. A segunda poderia vir para resolver todas as dúvidas, mas a Microsoft achou melhor focar nos games. Justo; afinal, na conferência do dia 21 de maio, o foco ficou praticamente apenas em TV, com alguns títulos da EA e o novo Call Of Duty – que aliás, nem foi mencionado nessa.

E foi novidades para o público gamer o que ouvimos durante cerca de uma hora e meia de conversa no Galen Center.

Caso alguém achasse que o Xbox 360 vai ser deixado de lado, a Microsoft já anunciou um novo visual para o console, inspirado no One, que chega às lojas hoje.

Também foi comunicado que os assinantes da Live Gold agora terão dois novos jogos por mês de graça, começando com Assassin’s Creed 2 e Halo 3. E foram anunciados novos jogos: World Of Tanks (originalmente para PC, chega ao Xbox free to play), Max And The Curse Of Brotherhood (tipo plataforma) e Dark Souls 2.

Falando na Live, a melhor notícia foi o fim dos Microsoft Points, substituídos por “dinheiro de verdade” (palavras ditas durante a apresentação) de acordo com a sua moeda local.

A primeira novidade de games foi também o que abriu a apresentação: o aguardadíssimo Metal Gear Solid: Phantom Pain. Não sei como estava no streaming, mas no Galen Center estava absurdamente lindo – aliás, todos os jogos mostrados estavam.

Falando de MGS5, o jogo vai ter passagem de tempo realista, assim como mudança de tempo (meteorologicamente falando). Também há várias formas de se locomover no mundo aberto, como a cavalo e com veículos roubados.

Há novidades ainda quanto à parte stealth, para deixar tudo mais realista. Por exemplo, se escondendo pelas sombras, que ficaram bem dinâmicas, ou pendurado de lado no cavalo (sério). E foram mostrados vários novos personagens que farão parte da história de Snake.

Entre os exclusivos, o game principal parece ser Ryse – Son Of Rome, da Crytek, que estará disponível junto com o lançamento do Xbox One. Pelo gameplay, os gráficos são, assim como nos outros títulos nex-gen, de cair o queixo. Mas nem só de gráficos vive um jogo e, apesar do combate mostrado na tela parecer bem dinâmico, os controles, nem tanto: os assassinatos com quick time events parecem muito mais batidos e entediantes do que desafiadores e empolgantes. Mas ainda é cedo para tirarmos conclusões.

Outros exclusivos anunciados foram Killer Instinct e Forza 5, que provocaram muito barulho da plateia, e Sunset Overdrive, um shooter de mundo aberto que vai contar com os jogadores para ter atualizações de desafios e armas, mas sem detalhes até agora de como isso vai acontecer. Pelo trailer, parece ser legal, com uma pegada meio Team Fortress 2 com ETs do MIB.

Quantum Break, que havia sido apresentado no outro evento, veio com um teaser um pouco mais detalhado, no qual entendemos que os personagens poderão parar o tempo (provavelmente é a isso que se refere o título) para realizar suas missões e parece ter a ver com espionagem; Minecraft, ele mesmo, estará no One, mas sem mais detalhes, assim como D4, um game novo com gráficos que parecem com os do Borderlands.

Duas vezes, problemas técnicos afetaram a conferência: faltou o áudio no vídeo de Crimson Dragon e no de Battlefield 4. Falando nele, nada de mais foi revelado, apenas que rodará a 60 FPS e o DLC Second Assault chega primeiro no One.

O mais empolgante dos jogos mostrados é Dead Rising 3, survival de zumbis que parece bem legal. Seguindo a ideia do Dead Island (mas fazendo ela funcionar) de que qualquer coisa pode ser uma arma, vimos o protagonista matar zumbis com chave inglesa, marreta e uma combinação de marreta e serra elétrica. Também é possível fazer umas artimanhas para afastar os zumbis, que percebem facilmente seus movimentos, como disparar um sinalizador. E, com o uso do Smartglass, dá para fazer uso de algumas ações especiais, como chamar uma artilharia em uma horda.

Falando em Smartglass, ele também será usado para aumentar a competição entre os amigos. Será criada uma timeline com cada jogo que mostra em que ponto você está, onde seus amigos estão, os momentos principais de cada um e dicas para passar de alguma parte.

Outro recurso interessante é o de gravar, editar e compatilhar gameplays. O processo de edição parece ser simples, mas o resultado é bastante elaborado. Se realmente for assim, provavelmente a Microsoft inseriu um monte de pré-formatações para utilizar.

E, assim como no PS4, será possível fazer transmissões de partidas graças a uma parceria com o Twitch.

Como previsto, a Microsoft nem citou qualquer das polêmicas em que o Xbox One esteve envolvido quanto à utilização de jogos usados e a necessidade de conexão a cada 24 horas. Apesar disso, conseguiu fazer uma bela apresentação para gamers e deixar no ar a expectativa para que os jogos cheguem às lojas.

O Xbox One começa a ser vendido em novembro por US$ 499. No Brasil, ele custará R$ 2.199.

Nós entramos em contato com a assessoria da Microsoft Brasil para perguntar se o console será fabricado no Brasil, como já acontece com o Xbox 360. Disseram que não têm outras informações para compartilhar, mas é possível que novidades apareçam amanhã.

Atualizado às 20h38 com o preço no Brasil.

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